O CEREST/Ubá - Centro de Referência em Saúde do Trabalhador de Ubá foi habilitado pela Portaria N° 72, de 20 de agosto de 2008, para realizar os procedimentos previstos na Portaria N°. 2.728, de 11 de novembro de 2009.

O CEREST/Ubá está habilitado para atender os vinte municípios desta Microrregião.

CEREST/UBÁ

"Representa a conquista de direitos da Saúde do Usuário, em especial dos Trabalhadores"


ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO CEREST/UBÁ-MG

ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO CEREST/UBÁ-MG

segunda-feira, 25 de março de 2013

Alimentação do Trabalhador




    Muitas pesquisas da atualidade apontam que a melhor qualidade de vida do trabalhador resulta em maiores níveis de produtividade e oportunidades de desenvolvimento. Neste contexto, sabe-se que o aprimoramento da qualidade de vida está totalmente relacionado a uma alimentação adequada, tanto em nível de quantidade como de qualidade.

    O conceito de uma alimentação saudável inclui na dieta os nutrientes importantes para o funcionamento do corpo e fornecimento de energia. Entre esses, destacam-se os carboidratos, proteínas, lipídeos, vitaminas e minerais. Para o alcance desses nutrientes necessitamos de uma dieta variada, que tenha todos os tipos de alimentos, sem abusos e também sem exclusões.

    Sabemos que um dos mais graves problemas de saúde pública mundial da atualidade é a obesidade, que está em crescimento também no Brasil. Em conseqüência desse crescimento, doenças decorrentes da obesidade como o diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, dislipidemias, entre outras, também tem aumentado em todas as classes de trabalhadores. Nesse contexto, a educação alimentar deve ser pensada como um instrumento eficaz para evidenciar a importância da alimentação para a saúde, no intuito de se prevenir o aparecimento desses problemas.

    Foi instituído pela Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976 e regulamentado pelo Decreto nº 5, de 14 de janeiro de 1991, o programa de Alimentação do Trabalhador – PAT, que prioriza o atendimento aos trabalhadores de baixa renda, isto é, aqueles que ganham até cinco salários mínimos mensais. Este programa, estruturado na parceria entre Governo, empresa e trabalhador, tem como unidade gestora a Secretaria de Inspeção do Trabalho / Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho.

   O PAT tem como objetivo melhorar as condições nutricionais dos trabalhadores, com repercussões positivas para a qualidade de vida, a redução de acidentes de trabalho e o aumento da produtividade. Para que isso ocorra, existe o Programa de Educação Alimentar, que visa estimular empresas a adotar um processo educativo permanente destinado a fazer do ato de alimentar-se no contexto do trabalho, uma fonte de saúde, bem estar e de qualidade de vida e produtividade aos trabalhadores.

    As exigências nutricionais estabelecidas pelo PAT são: refeições principais (almoço, jantar e ceia) devem ter no mínimo 1400 calorias, admitindo-se uma redução para 1200 calorias no caso de atividade leve, ou acréscimo para 1600 calorias, no caso de atividade intensa mediante justificativa técnica. As refeições menores (desjejum e merenda) devem ter no mínimo, 300 calorias. O percentual protéico–calórico (NdpCal) em todas as refeições deve ser de no mínimo seis por cento. A composição do cardápio é de:
- 50 a 60% de carboidratos
- 10 a 15% de proteína
- 25 a 30% de lipídeo


Descrição de atividades:
1. Leve: andar, estar em pé parado
2. Moderada: caminhar em superfície plana carregando peso
3. Intensa: caminhar, subir carregando peso
No cardápio estabelecido deve-se levar em consideração, além dos aspectos nutricionais, o aspecto cultural, regional e de apresentação, e por outro lado, uma alimentação adequada requer informações e mudança de hábitos e atitudes que só um processo educativo pode proporcionar. E é isso que todos nós devemos proporcionar aos trabalhadores.

Fonte: http://www.rgnutri.com.br/sqv/curiosidades/atr.php
Imagem: http://www.stillusalimentacao.com.br/produtos.php?secao=15

sexta-feira, 22 de março de 2013

Fundacentro lança publicação sobre assédio moral

Os autores são especialistas renomados no assunto como Edith Seligmann Silva, Margarida Barreto e Roberto Heloani


A Fundacentro lançou neste mês uma publicação sobre assédio moral, que reúne os anais do Seminário “Compreendendo o assédio moral no ambiente de trabalho”.  Os textos foram baseados nas conferências proferidas durante o evento, realizado em 2010, após revisão dos autores. A obra pode ser acessada em http://www.fundacentro.gov.br/dominios/CTN/anexos/Publicacao/Ass%C3%A9dio_Moral.pdf
“Começamos a estudar o assédio moral relacionado a trabalhadores adoentados no retorno ao trabalho entre 2008 e 2009, a partir de uma demanda pericial. Depois percebemos que se tratava de um fenômeno mais amplo. Então fomos atrás de grandes especialistas para ajudar nesse entendimento. Realizamos uma discussão ampla, que trouxe a experiência de cada um”, explica a pesquisadora da Fundacentro, Cristiane Queiroz. 
Essas experiências de especialistas, que são referências no tema, estão presentes na publicação. A médica psiquiatra Edith Seligmann Silva, professora aposentada da Faculdade de Medicina da USP, por exemplo, é pioneira dos estudos sobre saúde mental e trabalho no Brasil. Já Ângelo Soares, sociólogo, pós-Doutor e docente em Sociologia na Universidade de Quebec a Montreal (UQAM), presidiu o 6º Congresso Mundial sobre Assédio Moral. Ele traz uma discussão não muito usual no Brasil sobre o sofrimento das testemunhas.
A obra ainda conta com dois autores que realizam diversas pesquisas sobre assédio moral. Margarida Barreto, médica, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e pesquisadora do Núcleo de Estudos Psicossociais da Dialética Exclusão/Inclusão Social (NEXIN/PUC/SP); e Roberto Heloani, psicólogo e advogado, professor livre-docente da Faculdade de Educação da Unicamp.
O entendimento jurídico sobre o tema também é apresentado na publicação. A questão foi discutida pela juíza do Trabalho substituta, Candy Florêncio Thomé, mestre em Direito do Trabalho pela USP e doutoranda pela USP e pela Universidade de Castilla - La Mancha, Espanha.
            Os textos mostram que nem todo conflito pode ser caracterizado como assédio moral. É preciso haver a repetição de determinadas situações de humilhação. “É uma forma extrema de violência com a finalidade de diminuir o outro, humilhar, fazer com que a pessoa desista ou então com que supere o máximo que pode dar”, explica Cristiane Queiroz, uma das organizadoras da obra.
A pesquisadora também destaca que é importante refletir sobre as práticas de gestão no trabalho. A Fundacentro pesquisa essas questões por meio do projeto “As formas de gestão e organização do trabalho e suas relações com as violências e o assédio moral no trabalho”. Este ano as pesquisadoras estão colhendo dados por meio de entrevistas.
“Temos que lembrar também os lados invisíveis do assédio moral. Não envolve apenas a questão de cobrança de metas. Precisamos entender os fatores psicossociais e as várias formas de assédio que ainda não foram reveladas”, conclui Cristiane Queiroz.

Dia Mundial da Água: aumento da demanda e contaminação preocupam

A disputa pela água exige atenção cada vez maior. Em 40 anos, a demanda deve crescer mais de 50%. Enquanto isso, os recursos hídricos do planeta estão sendo contaminados. É o que, neste Dia Mundial da Água, 22 de março, lembram o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a gestão da água e Carlos Eduardo Morelli Tucci, referência mundial no assunto

A data foi estipulada por recomendação da ONU, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida como Rio-92. Desde então, define-se um tema anual com o intuito de abordar os problemas relacionados aos recursos hídricos. Neste ano, a temática é a “Cooperação pela Água”.
O tema não representa apenas este dia. A ONU definiu 2013 como o Ano Internacional de Cooperação pela Água. A intenção é conscientizar a população mundial a respeito dos desafios do gerenciamento da água do planeta e da necessidade de um esforço global para enfrentar o problema. A má utilização da água no mundo é, justamente, um dos pontos básicos da 4ª edição do relatório da ONU sobre o desenvolvimento dos recursos hídricos. O texto, que ainda aponta questões como pressões do clima, crescimento demográfico e aumento da demanda por energia e alimentos, foi apresentado na abertura do 6º Fórum Mundial da Água, em Marselha, na França, no ano passado.
De acordo com o relatório, a demanda mundial por água vai crescer cerca de 55% até 2050. Enquanto isso, o crescimento demográfico nos próximos 40 anos está estimado em dois a três bilhões de pessoas. Tucci, doutor em Recursos Hídricos pela Colorado State University e professor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), explica o problema. “Existem dois riscos: o risco de escassez por aumento da demanda (maior quantidade de usuários e demanda) e da escassez de qualidade devido à contaminação da água disponível”.
Conforme o professor, a demanda cresce não apenas devido ao aumento da população, mas também por causa de mudança de hábitos, incremento da renda e outros fatores. “Não é a água que pode faltar, mas o aumento de demanda que faz com que a mesma quantidade seja disputada por um maior número de usuários, além da redução da disponibilidade pela contaminação”, explica o professor.
A água não acaba
A impressão que se tem quando se lê algumas manchetes alarmistas é de que a água de fato está acabando e de que seu consumo pode extingui-la. Na verdade, através de um fenômeno chamado Ciclo Hidrológico, a quantidade de água na Terra é praticamente a mesma há milhões de anos. Águas do mar e dos continentes evaporam, formam nuvens, voltam à terra (chuva, neve), escorrem para rios, lagos e subsolo e, finalmente, retornam ao mar. Como se perde a água, então? Com a poluição e a contaminação dos recursos hídricos.

Consumo
Esses recursos são consumidos por diversos setores. Segundo Tucci, o maior é a agricultura irrigada, que utiliza 70% da água, seguida pela indústria (20%) e pela população (10%). O cenário é o seguinte: uma pessoa deve beber 2 litros de água por dia, mas são necessários de 2 mil a 5 mil litros de água para produzir sua alimentação diária, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura.
Regiões
Nem sempre a região de maior demanda é a de maior oferta de água. “O semiárido, com 10% da área do país, é uma região carente de disponibilidade. As áreas metropolitanas, com grande concentração de população, têm alta demanda de água em pouco espaço, o que, associado à contaminação das fontes de água por esgoto, produzem grande pressão quanto à escassez quantitativa e qualitativa da água”, alerta. Em um futuro cenário de escassez de água, o Aquífero Guarani é apontado por muitos como uma alternativa interessante. Nas regiões onde está aflorante, ele já é utilizado, como no interior de São Paulo, Mato Grosso do Sul e fronteira do Rio Grande do Sul. Mas Tucci ressalta que o uso depende de condicionantes físicos, como proximidade da demanda e profundidade do aquífero para ser economicamente explorável. “Na parte central, pode estar a mais de 1500 metros de profundidade, aumentando o seu custo de uso”, afirma.

Previsões
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) estima que, até 2025, 2/3 da população mundial seja afetada, de alguma forma, por falta de água potável. Mas esse tipo de previsão não é unanimidade. “Cada região pode ter suas fortalezas e fraquezas em função da disponibilidade e usuários”, pontua Tucci. O doutor em Recursos Hídricos também justifica as correntes divergentes de pensamento sobre o tema. “Os que dizem que o cenário não é catastrófico provavelmente estão mirando regiões onde existe muita água e com poucos conflitos. Já os outros estão mirando as regiões problemáticas. Portanto a resposta geral é pouco informativa, e o assunto deve ser associado sempre a uma região específica ou a uma bacia hidrográfica”, afirma.
Valor
O Dia Mundial da Água busca prevenir esse cenário estimado para 2025. Apesar de iniciativas e campanhas como essa, a água ainda é pouco valorizada pela sociedade. Para Tucci, a população está acostumada a pagar pouco e a desperdiçá-la, sem se importar em ver um rio ou riacho contaminado. No Brasil, menos de 40% do esgoto é tratado. “Como qualquer produto, a água somente será valorizada quando, nesta região específica do usuário, ocorrer falta de água ou ela estiver contaminada. Por isso, o preço deve ser ajustado a uma gestão racional, já que não existe órgão mais sensível do que o bolso”, sentencia.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/sustentabilidade/dia-mundial-da-agua-aumento-da-demanda-e-contaminacao-preocupam,00c5affa3719d310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html

quinta-feira, 21 de março de 2013

Justiça manda McDonald's ajustar jornada de funcionários

Justiça do Trabalho determinou que a Arcos Dourados, principal franquia da cadeia de fast food no Brasil, pague ao menos um salário mínimo por mês aos seus funcionários



Brasília - A Justiça do Trabalho determinou nesta terça-feira que a Arcos Dourados, principal franquia da cadeia de fast food McDonald's, promova ajustes na jornada de trabalho de seus funcionários para assegurar o pagamento de ao menos um salário mínimo por mês.

A rede de restaurantes também deve permitir o consumo de alimentos trazidos de casa, em vez de obrigar os trabalhadores a escolher entre as opções do cardápio da loja.

Na quinta-feira (21), o Judiciário vai negociar, em conjunto com a Procuradoria-Geral do Trabalho (PGT), a cobrança de uma multa por danos morais coletivos à Arcos Dourados que pode chegar a R$ 50 milhões.

"Carece de amparo legal a conduta da empresa em proibir que os empregados levem refeições de casa, obrigando-os a consumir os sanduíches produzidos em suas lojas", diz a liminar concedida por Virgínia Lúcia de Sá Bahia, juíza titular da 11ª Vara do Trabalho de Recife.

"Entendo que em risco está a segurança alimentar dos empregados que são obrigados a trocar ao menos uma refeição diária por fast food, o que implica em prejuízos para a saúde, conforme fartamente advertido por médicos e nutricionistas."

A ação judicial começou no ano passado e, inicialmente, obrigou apenas os restaurantes da rede em Pernambuco a modificar os contratos de trabalho. Segundo a PGT, a empresa adota uma jornada "móvel variável", comprometendo-se a pagar o valor por hora se o funcionário cumprir até oito horas diárias.

"A prática faz com que o empregado esteja, efetivamente, muito mais tempo à disposição da empresa do que as oito horas de trabalho diárias previstas nos contratos 'normais' de trabalho, além de não garantir o pagamento sequer de salário mínimo", diz nota divulgada pela PGT.

Com a decisão desta terça, a Justiça estende os efeitos da liminar que afetava apenas Pernambuco para todo o País. Na decisão, a juíza impõe multa mensal de R$ 3 mil para cada funcionário que a Arcos Dourados proibir de levar comida de casa. A assessoria de imprensa da Arcos Dourados ainda não tem posicionamento sobre o caso.

quarta-feira, 20 de março de 2013

PEC das Domésticas é aprovada em primeiro turno no Senado


Senadores ainda precisam apreciar texto em segundo turno de votação.

Proposta amplia direitos trabalhistas de trabalhadores domésticos.

O Senado aprovou nesta terça-feira (19), por unanimidade, com 70 votos favoráveis e nenhum contrário, a proposta de emenda à Constituição conhecida como PEC das Domésticas, que amplia direitos dos trabalhadores domésticos. O texto, que já foi aprovado na Câmara, ainda precisa de aprovação em segundo turno pelos senadores. A votação está marcada para a próxima terça (26); depois disso, se aprovada, a PEC vai à promulgação pelo Congresso Nacional.
No fim da tarde, líderes dos partidos informaram que a PEC não seria votada esta semana, ao contrário do que havia sido informado inicialmente pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). No entanto, em plenário, Renan sugeriu que o primeiro turno da votação fosse realizado no mesmo dia.
Arte PEC das Domésticas direitos (Foto: Arte G1)
O texto aprovado garante 16 direitos trabalhistas de babás, faxineiros e cozinheiros, dentre outros trabalhos exercidos em residência, que já são assegurados aos trabalhadores urbanos e rurais (veja na tabela ao lado).
Os profissionais passarão, por exemplo,  a ter direito ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e ao pagamento de horas extras. Também fica garantido o direito ao recebimento de salário não inferior ao mínimo.
De acordo com a relatora do projeto na CCJ, senadora Lídice da Mata (PSB-BA), dados da Federação Nacional dos Empregados domésticos apontam que 94% dos 9,1 milhões de trabalhadores do setor são mulheres. 84% desse total são negros.
Regulamentação
Alguns dos principais itens da proposta ainda vão precisar de regulamentação. Entre eles, estão o FGTS, a proteção contra demissão sem justa-causa, o seguro-desemprego e a assistência gratuita de creche para filhos de empregados de até cinco anos.

O texto aprovado pela Câmara incluía a licença-maternidade de 120 dias entre os itens que deveriam ser regulamentados. No entanto, uma alteração na redação foi incluída na CCJ do Senado com base em emenda apresentada pelo senador Paulo Bauer (PSDB-SC) e a licença passa a valer automaticamente assim que a lei for promulgada.

Emoção
A deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), que foi relatora da PEC na Câmara, foi ao Senado e chorou ao falar da aprovação do texto.

"O Brasil precisa criar uma nova cultura para um novo segmento. Nos acostumamos, desde a casa grande e da senzala, que era fácil nós termos uma pessoa trabalhando em nossa casa, que era alguém da família, mas que não podia dispor de todas as liberdades que nós temos como donos da casa. Agora, não. É uma relação de trabalho, uma relação respeitosa e uma relação carinhosa", afirmou.
Após a aprovação da PEC, a ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci, esteve no Senado e comemorou a aprovação da PEC. "Estamos definitivamente retirando as mulheres trabalhadoras domésticas do sistema de escravidão no nosso país", disse a ministra. "O Senado hoje se inscreveu na história da libertação da mulheres."
Em relação aos trechos da PEC que precisam de regulamentação, a ministra disse que é preciso avançar "passo a passo".  "Agora era para aprovar na Câmara e no Senado. Vamos agora aguardar a promulgação pelo Senado semana que vem, depois é outro passo. O governo fará isso com a maior lealdade e respeito às trabalhadoras domésticas", disse.

Fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/03/pec-das-domesticas-e-aprovada-em-primeiro-turno-no-senado.html

quinta-feira, 14 de março de 2013

Multirão de Preventivo


Cálculo renal é mais frequente no verão


Falta de hidratação adequada e transpiração são os vilões da saúde dos rins


A incidência de cálculo renal aumenta até 20% nessa época do ano, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), e o motivo é simples. Com a temperatura em elevação, é normal transpirarmos mais. A ingestão de água, no entanto, nem sempre se eleva de forma a compensar essa perda.

“Ao perder líquido por outras vias, a urina fica concentrada. As substâncias que normalmente são excretadas acabam retidas, formando as pedras”, explica o nefrologista Daniel Rinaldi, presidente da SBN.

Além disso, se houver maior hidratação por conta do calor, o volume de água pode colaborar para a eliminação do cálculo, aumentando ainda mais o número de casos nessa época. Alguns estudos norte-americanos chegaram até a constatar a relação entre o aquecimento global e o aumento na prevalência do cálculo renal.

Um dos principais fatores do aparecimento das chamadas pedras no rim são as alterações metabólicas. Outras características, no entanto, podem levar à essa condição como histórico familiar, hábitos de vida, obesidade, resistência a insulina e alimentação inadequada.

“A formação é multifatorial e a dieta tem uma grande influência. Geralmente, 85% dos cálculos são de oxalato de cálcio, um mineral presente no metabolismo. A concentração desses cristais forma pedras. Quem tem maior ingestão de proteínas, carne, derivados do leite, verduras escuras tem índices de oxalato maior, por exemplo”, afirma Gustavo de Alarcon, urologista do Hospital São Luiz, em São Paulo.

Quem tem pedras no rim nem sempre sabe que elas estão lá. A dor , que começa como cólicas nas costas e pode irradiar para o abdome e até a raiz da coxa, aparece se o cálculo tiver um tamanho médio ou se estiver se movimentando dentro dos canais que ligam o rim à bexiga. Os sintomas também podem incluir náusea, sudorese, vômito, sangue na urina e sensação de bexiga cheia. Do contrário, a condição pode ser um achado em exames de rotina, durante um check-up, por exemplo.

Exames de imagem como a ultrassonoagrafia do rim e da bexiga são as principais ferramentas para confirmar o diagnóstico. Os especialistas alertam que o cálculo não deve ser negligenciado.

“Todo mundo conhece um amigo, ou um vizinho que já teve, então, acabam dando pouca importância. Mas a condição deve ser acompanhada com um especialista”, diz Alarcon.

Os tratamentos variam de acordo com o tamanho e a localização do cálculo e também com as condições do paciente. Em casos mais simples, a conduta é tentar levar à expulsão da pedra e minimizar os possíveis efeitos colaterais com analgésicos, soro ou antiespasmódicos (que inibem a contração de algumas musculaturas do corpo). No entanto, uma parcela da população não consegue eliminar o problema ou ainda tem doenças associadas como a diabetes ou a hipertensão. Nesses casos, a cirurgia – hoje um procedimento minimamente invasivo – é recomendada.

Chás caseiros?

Basta uma pequena pesquisa e é possível se deparar com uma enorme quantidade de chás vendidos para o combate à pedra no rim. O mais famoso deles é o “quebra-pedras”. Os médicos, no entanto, afirmam que a ajuda dos chás no combate à litíase renal está muito mais ligada a um maior aumento no consumo de líquidos do que propriamente nos princípios ativos das plantas.

Aumentar a hidratação, principalmente no verão, é uma das medidas mais eficazes de evitar a formação de cálculos. 

quarta-feira, 13 de março de 2013

Dia Mundial do Rim em 14/03/2013


No próximo dia 14/03 será comemorado mais um Dia Mundial do Rim. Serão realizadas atividades em todo o mundo reforçando o papel fundamental dos rins na manutenção do equilíbrio do nosso organismo. Os rins removem os produtos indesejados do corpo (lixo) filtrando o sangue como uma máquina de lavar. A cada dia 180 litros do nosso sangue são filtrados e o sangue é lavado continuamente.
O tema da campanha de 2013 será: “Pare de agredir seu rim”.
A doença renal é uma enfermidade complexa e fatal.
Estudos populacionais em diferentes países têm demonstrado prevalência de doença renal crônica de 7,2% para pessoas acima de 30 anos e 28% a 46% em indivíduos acima de 64 anos.
Mesmo em estágios iniciais, a chance de morrer por doença cardiovascular é 46% maior em portadores de doença renal, sendo de 136% no estágio moderado da doença. Já nos pacientes em diálise, a mortalidade eleva-se de forma assustadora: uma pessoa de 30 anos tem a mesma chance de morrer que uma de 80 anos.
No Brasil, cerca de dez milhões de pessoas têm alguma disfunção renal. A prevalência de doença renal crônica é de 50/100.000 habitantes, inferior ao que é visto nos Estados Unidos (110/100.000) e no Japão (205/100.000), o que sugere que seja uma doença subdiagnosticada no nosso meio.
De acordo com o último censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia existem em torno de 100 mil brasileiros em diálise, com uma taxa de internação hospitalar de 4,6% ao mês e uma taxa de mortalidade 17% ao ano. A grande maioria dos pacientes falece sem sequer ter acesso a essa terapia, por falta de diagnostico.
O custo anual somente com a terapia renal substitutiva é mais de dois bilhões ao ano.
As principais causas de perda da função renal no nosso meio são a hipertensão arterial (35% das causas), diabetes mellitus (28,5%) seguidas das glomerulonefrites (11,5%).
Outro dado alarmente segundo o Vigitel 2011, considerando a população brasileira maior de 18 anos, 23% é hipertensa, 5,6% diabética, 18% fumante, 48% estão com excesso de peso e 16% são obesos (IMC>30 Kg/m²). Todos estes são fatores de risco que contribuem para a perda de função renal.
Em 2012 foram realizados 5.385 transplantes renais no Brasil, sendo 1.488 de doadores vivos e 3.897 de doadores falecidos. Estima-se que em torno de 32.000 pacientes estão na fila de espera aguardando um transplante renal. O diagnóstico precoce pode conter o avanço da doença.
A doença renal crônica pode ser facilmente diagnosticada por meio de um exame de urina e da dosagem de creatinina no sangue e pode ser efetivamente tratada, retardando a progressão da doença e reduzindo as mortes e os custos.
No dia Mundial do Rim serão reforçadas as seguintes questões básicas:
1) Você tem Pressão Alta?
2) Você tem Diabetes?
3) Você está acima do peso?
4) Você tem mais de 50 anos?
5) Tem doença renal na família?
6) Você costuma tomar remédio sem orientação médica/?
O fato de responder sim a uma destas gestões deve-se perguntar ao seu médico se seus rins estão OK.
As oito regras de ouro da campanha mundial:
1) Saiba sua pressão arterial.
2) Controle o açúcar no sangue.
3) Faça atividade física.
4) Confira o seu peso e a sua dieta.
5) Beba água.
6) Não fume.
7) Não use remédios sem orientação médica.
8) PARE DE AGREDIR SEU RIM E FIQUE SABENDO: SEUS RINS ESTÃO OK?
Estão sendo programadas atividades em todo o território nacional, com mais de 300 localidades já cadastradas na Sociedade Brasileira de Nefrologia.
Serão realizados atendimentos à população, com verificação de pressão arterial, medidas de glicemia capilar e exames de fitas de urina para a detecção de sangue e albumina (proteína). Será distribuído material informativo e haverá palestras dirigidas à população abordando as funções dos rins, as principais situações de agressão renal, e principalmente orientações de como prevenir as lesões renais.
Estaremos incentivando também a iluminação dos principais monumentos, edifícios públicos e marcos históricos na cor amarela ouro, escolhida como a cor da campanha deste ano.
Na cidade de São Paulo estão programadas atividades de atendimento e orientação à população em 13 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE). Está previsto o atendimento de pelo menos 400 pessoas em cada UBS e 1.200 no HSPE.
Outra expectativa é que nesta data seja lançado o Plano de Cuidados da Linha Renocardiovascular, plano este que vem sendo elaborado em conjunto com o Ministério de Saúde e a Sociedade Brasileira de Nefrologia, visando atendimento integral do paciente portador de doença renal.
O acompanhamento destes pacientes deve ser realizado na Atenção Primária, com critérios de encaminhamento para os especialistas e com a criação da rede de acesso dialítico (acesso vascular e peritoneal) com integração com a rede de internação hospitalar.
O papel fundamental neste Dia Mundial do Rim será a orientação da população e a conscientização da classe médica e de nossos gestores sobre a importância da prevenção das doenças renais e do diagnóstico precoce.
Não podemos continuar vivenciando esta dura realidade onde em torno de 75% dos pacientes que iniciam a terapia renal substitutiva desconhecem a sua doença.

PARE DE AGREDIR SEU RIM; SEUS RINS ESTÃO OK?

Fonte: http://www.sbn.org.br/pdf/release.pdf

terça-feira, 12 de março de 2013

Câncer pode ter relação com o ambiente de trabalho, revela pesquisa



O estudo foi feito no Brasil e apontou 19 tipos de tumores malignos que podem ter relação com as profissões. Entre eles o câncer de bexiga, cérebro, fígado, leucemias, câncer de mama e pulmão.

 

Tem uma palavra que ninguém gosta de ouvir: câncer. Dá pra se prevenir? Como garantir a saúde?
Uma pesquisa feita aqui no Brasil relacionou os tipos de câncer ao ambiente de trabalho de cada profissão. Agora, os médicos querem que todo mundo se informe, para poder se proteger.
Câncer é uma palavra que ninguém gosta de ouvir. Dá para se prevenir? Como garantir a saúde? Uma pesquisa feita no Brasil relacionou os tipos de câncer ao ambiente de trabalho de cada profissão. Agora, os médicos querem que todo mundo se informe para poder se proteger.
O trabalho coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontou 19 tipos de tumores malignos que podem ter relação com o ambiente de trabalho, entre eles, câncer de bexiga, cérebro, fígado, leucemias, câncer de mama e pulmão.
O levantamento reuniu as últimas pesquisas mundiais sobre câncer relacionado ao trabalho. Foram quase quatro anos juntando informações e estatísticas que mostram os riscos a que determinados trabalhadores estão expostos, muitas vezes sem saber.
Pessoas que trabalham em contato com solventes, agrotóxicos, com poeiras de carvão, metal e madeira, por exemplo, sofrem mais perigo.
Estudos europeus já constataram que de cada dez casos de câncer de pulmão, um é causado pela exposição durante o trabalho. Exemplo disso são as pessoas que mexem com amianto, usado na fabricação de telhas e caixas d’água. O câncer de pele é o que tem mais relação com as profissões, segundo o Inca. Gente que trabalha exposta ao sol sem se proteger.
De acordo com as pesquisas, 4% dos cânceres no mundo estão relacionados a exposições na profissão. No Brasil, esse percentual significa 20 mil novos casos da doença só este ano. Mas para alguns grupos de trabalhadores o risco é muito maior e a ocupação profissional pode responder por até 40% dos novos casos.
O diretor geral do Inca acredita que o levantamento estimule os profissionais de saúde a registrar as condições de trabalho dos pacientes e dessa forma gerar estatísticas nacionais.
“Há uma lacuna importante de informações em relação ao ambiente de trabalho e determinados fatores de risco que podem estar associados ao aparecimento do câncer”, comentou o diretor-geral do Instituto Nacional do Câncer, Luiz Antônio Santini.

sexta-feira, 8 de março de 2013

PARABÉNS A TODAS AS MULHERES PELO SEU DIA!!


CEREST Ubá visita Dores do Turvo no Dia Internacional da Mulher


No dia 8 de março de 2013, o CEREST esteve em uma capacitação no município de Dores do Turvo e aproveitou a oportunidade para homenagear as mulheres presentes pelo Dia Internacional da Mulher. Encontravam-se no local, Enfermeiras e Agentes Comunitárias de Saúde do município, e estas receberam como homenagem, um cartão e um bombom. Uma rosa também foi sorteada, simbolizando a delicadeza que permanece em cada mulher, mesmo diante das lutas diárias.

Especial Dia Internacional da Mulher - 2

Mulheres deixam estereótipos de lado na hora de escolher profissão



As mulheres completam 81 anos do direito de votar agora em 2013, mas as conquistas que podem ser comemoradas neste Dia Internacional da Mulher vão muito além. A cada ano, elas se firmam em profissões que antes eram tidas apenas como masculinas e mostram que não é preciso deixar a delicadeza e a vaidade de lado para exercer essas funções. É preciso, como em tudo, se dedicar e gostar do que faz.

Em uma fábrica de móveis de madeira na Região Metropolitana do Recife (RMR), nove dos 42 funcionários são mulheres, sendo que seis delas trabalham diretamente na linha de produção - há um ano, havia apenas uma funcionária. O aumento do número de mulheres é justificado. “Homem muda muito, as mulheres são mais estáveis na função. São mais focadas também, os rapazes querem ir ao banheiro e conversar toda hora. Acho que vamos começar a ter mais mulheres do que homens”, pondera o diretor da fábrica, Henrique Revoredo.

'É preciso mudar a cultura machista baiana', diz secretária Lúcia Barbosa
Mulheres modernas retomam atividades do tempo da 'vovó'
Artistas paraibanas contam suas histórias no Dia da Mulher
Dividindo-se entre cuidar dos filhos e o trabalho com a madeira, a auxiliar de produção Cristiane Ferrer diz ter se encontrado na atual função - estava trabalhando em um lava-jato quando surgiu a oportunidade. "Eu sempre fui 'jeitosa' com as coisas em casa, adoro trabalhar com madeira", conta Cristiane, que fez questão de tirar a touca que protege o cabelo durante o trabalho na hora da foto. "Com touca não dá, fica feio", afirma.
Também trabalhando na linha de produção, Geane Sheila acredita que não há diferença entre homens e mulheres. "O importante mesmo é a gente fazer o que gosta, aproveitar as oportunidades que aparecem", afirma Geane. "Elas dão muito menos dor de cabeça, são mais cuidadosas. A gente vê que elas têm um carinho com a madeira que os homens não têm", defende o gerente da fábrica, Petrúcio Luiz Filho.


Foi por buscar fazer o que gostava que Severina Pessoa foi trabalhar como mecânica de automóveis. "Eu sempre gostei de carros. Estava trabalhando revendendo veículos quando um quebrou na minha mão, no meio da estrada para Pombos, e tive que consertar", lembra Severina. Depois disso, ela resolveu montar uma oficina, que funciona desde 1989, próximo a um terminal de ônibus, em Jaboatão dos Guararapes, na RMR. "Meu marido olhou para mim, sem acreditar, mas sempre me apoiou", conta, orgulhosa.

O caminho não foi fácil, muitas pessoas desconfiaram da capacidade de Severina em consertar um carro, mas a mecânica não guarda mágoa, apenas histórias com as quais se diverte. "Chegava gente e logo perguntava se não tinha um homem. Eu dizia que tinha, já vinha. Aí olhava o carro, falava qual era o problema e saía. A pessoa ficava só olhando, desconfiada", relembra, bem humorada.
Prestes a completar 60 anos, Severina não quer saber de parar de trabalhar, nem de divisão entre homens e mulheres nos trabalhos. "Não tem essa de trabalho de homem e de mulher. O que tem é você gostar. Eu mesma só ensino o trabalho a quem gosta", avisa a mecânica, que já tem a filha, Tatiana, trabalhando junto de si. "Quando eu me for, vai continuar tudo igual aqui, já que ela vai assumir", ri Severina.
Tanta dedicação da mãe é sinônimo de motivação para a filha, que desde pequena circula pela oficina. "Minha mãe é uma batalhadora, muito forte. Ela é uma inspiração, tem muita gente aí que não tem a força dela. Trabalhei um tempo fora, com baterias, mas voltei para trabalhar do lado dela", diz Tatiana.
Vaidosa, a matriarca faz questão de trabalhar arrumada, brinco, cordão, cabelo bem preso e batom, cuidado que a filha também tem. "Eu só não faço as unhas da mão porque o óleo do motor tira o esmalte na hora, mas tenho que estar bem arrumada", acredita. Devido ao macacão, já foi chamada de Pereirão na rua, em referência à personagem de Lília Cabral na novela "Fina Estampa'. "É divertido, levo na boa", conta.

Com três filhos criados, sendo duas mulheres, Severina lembra que é preciso se dedicar sempre ao trabalho, independentemente da profissão escolhida. "A vida foi a minha escola. Você tem que buscar conhecer bem com o que está trabalhando, não posso ver um carro que não conheço que já peço para olhar, analisar. As baterias que vendo aqui, fui na fábrica ver como eram feitas", explica Severina.

Durona
É assim que se define a professora de boxe Wha-Li Wang - "aportuguesado" para Ruilí, 41 anos. "Sou durona em casa e no trabalho", afirma. Filha de um chinês com uma japonesa, ela nasceu no Recife e conheceu seu atual marido em uma academia, aos 16 anos. "Ele era meu professor de taekwondo. 'Bateu' na hora. Um ano depois nos casamos e, no ano seguinte tive um filho", contou. Hoje, são três rebentos, dois meninos e uma menina.

Após o casamento, Wha-Li dedicou-se ao lar. Há 11 anos, resolveu voltar aos treinos, agora, de kickboxing kyokushinkaikan, uma modalidade inspirada no karatê japonês. Virou faixa preta na arte marcial. "Há três anos dou aula de boxe. Nunca senti preconceito por ser mulher nessa profissão, porque as pessoas conhecem meu trabalho e sabem que eu sei o que estou fazendo", assegura.

Entre os alunos, a maioria é homem. "A verdade é que as meninas, geralmente, não aguentam o ritmo dos treinos. E os meninos nunca faltaram o respeito comigo, porque sou séria no trabalho, faço cara de má. E, se fizerem alguma indisciplina, mando pagar 20 flexões", brinca a professora. "No começo, eu estranhei o professor ser uma mulher. A primeira aparência é que ela vai pegar mais leve, mas é o contrário. Tive que dar o braço a torcer", admite o aluno Dinarte Carvalheira.
Na hora de posar para as fotos, ela capricha na cara de brava. Depois que confere o resultado, o riso aparece: "saí com a cara gorda", "o cabelo está tão curto." Coisas de mulher, que nem um esporte "durão" é capaz de reprimir. Tanto é que, debaixo das luvas, há unhas bem pintadas de azul claro. "A gente não pode perder a feminilidade nunca", comenta.

Mesmo dando aulas de boxe, Wha-Li não abandonou os afazeres domésticos. É uma espécie de Amélia moderna. "Continuo fazendo tudo em casa, não tenho empregada. Sou perfeccionista, quero tudo do meu jeito. Também controlo de perto os meus filhos. Sou bastante autoritária. Também não podemos dar moleza aos homens, ao marido. Só não posso dar um soco nele quando tenho raiva porque ele é mais graduado que eu", explica, aos risos.

Fonte: http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2012/03/mulheres-deixam-estereotipos-de-lado-na-hora-de-escolher-profissao.html

Na foto: Cristiane (tirada por Katherine Coutinho / G1)