CENTRO DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR DE UBÁ: ANÁLISE DE ACIDENTES: O FIM DA CAT?

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

ANÁLISE DE ACIDENTES: O FIM DA CAT?

Veja no post do BLOG NRFACIL desta semana um artigo do Prof. Samuel Gueiros sobre o fim da CAT como ferramenta válida de análises de acidentes. Alguns estudos propõem novos modelos, inclusive um SISTEMA DE VIGILÂNCIA EM ACIDENTES DE TRABALHO, baseados principalmente nos registros de acidentes de trajeto. Esse tipo de acidentes aumentou em mais de 37% segundo dados publicados pela Previdência Social e aproveitamos o tema para uma análise abrangente sobre a matéria.

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CEREST/UBÁ

É um serviço componente da rede SUS responsável por difundir conhecimentos tecnológicos e científicos especializados de promoção e proteção à saúde dos trabalhadores, bem como de prevenção de danos, diagnóstico, tratamento e reabilitação.

MISSÃO

“Assumir função de suporte técnico-científico na rede SUS na área de vigilância em saúde do trabalhador atuando na prevenção, promoção e recuperação da saúde dos trabalhadores”.

VISÃO

“Ser centro de excelência e referência técnica-científica em Saúde do Trabalhador na Microrregião de Saúde de Ubá”.

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

Tem por objetivo geral promover e recuperar a saúde dos trabalhadores urbanos e rurais, independentemente do vínculo empregatício, buscando um tratamento com mais eqüidade, maior resolutividade aos casos relacionados à saúde do trabalhador. Assumindo a função de suporte técnico e científico deste campo do conhecimento, considerando as diretrizes da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (RENAST). No contexto da missão do CEREST/Ubá são seis (6) os objetivos estratégicos identificados:

- Apoiar a formulação e execução de políticas em Saúde do Trabalhador;

- Promover a atenção integral à saúde dos trabalhadores na Rede SUS;

- Sistematizar as informações em Saúde do Trabalhador para subsidiar a tomada de decisões nas ações de prevenção, promoção e vigilância;

- Investir na educação permanente dos profissionais do SUS em Saúde do Trabalhador

- Fomentar a comunicação e educação popular em Saúde do Trabalhador;

- Estimular as parcerias e ações intersetoriais para melhor enfrentamento das questões que envolvem a Saúde do Trabalhador.

Rede Sentinela

A Rede Sentinela é composta por unidades de saúde (chamadas de unidades sentinela) que identificam, investigam e notificam, quando confirmados, os casos de doenças, agravos e/ou acidentes relacionados ao trabalho.

Hospitais, Pronto Socorro e demais serviços de atendimento de urgência e emergência da rede pública e privada.

(Acidente de Trabalho Fatal; Acidente de Trabalho com Mutilações; Acidente com Exposição à Material Biológico; Acidente de Trabalho com Crianças e Adolescentes e Intoxicação Exógena.)

- Hospital Santa Isabel

- Hospital São Vicente

- FHEMIG

PROTOCOLO PARA NOTIFICAÇÃO

Notificação de Acidentes do Trabalho Fatais, Graves

Consideram-se casos de notificação compulsória:

1- Acidente de trabalho fatal

Acidente de trabalho fatal é aquele que leva a óbito imediatamente após sua ocorrência ou que venha a ocorrer posteriormente, a qualquer momento, em ambiente hospitalar ou não, desde que a causa básica, intermediária ou imediata da morte seja decorrente do acidente.

2- Acidente de trabalho mutilante (grave)

Para melhor compreensão e facilitação da consecução dos objetivos da Portaria n.º 777, utilizaremos a denominação “Acidente de Trabalho Grave” no lugar de “Acidente de Trabalho Mutilante”.

Acidente de trabalho grave é aquele que acarreta mutilação, física ou funcional, e o que leva à lesão cuja natureza implique em comprometimento extremamente sério, preocupante; que pode ter conseqüências nefastas ou fatais.

Para evitar interpretações subjetivas díspares, que podem comprometer a homogeneidade nacional dos sistema, considera-se, para fins deste Protocolo, a necessidade da existência de pelo menos um dos seguintes critérios objetivos, para a definição dos casos de acidente de trabalho grave:

1) necessidade de tratamento em regime de internação hospitalar;

2) incapacidade para as ocupações habituais, por mais de 30 dias;

3) incapacidade permanente para o trabalho;

4) enfermidade incurável;

5) debilidade permanente de membro, sentido ou função;

6) perda ou inutilização do membro, sentido ou função;

7) deformidade permanente;

8) aceleração de parto;

9) aborto;

10) fraturas, amputações de tecido ósseo, luxações ou queimaduras graves;

11) desmaio (perda de consciência) provocado por asfixia, choque elétrico ou outra causa externa;

12) qualquer outra lesão: levando à hipotermia, doença induzida pelo calor ou inconsciência; requerendo ressuscitação; ou requerendo hospitalização por mais de 24 horas;

13) doenças agudas que requeiram tratamento médico em que exista razão para acreditar que resulte de exposição ao agente biológico, suas toxinas ou ao material infectado.

FLUXO DE ATENDIMENTO

Pós – exposição à material biológico

O funcionário acidentado deverá receber os primeiros atendimentos na unidade de saúde onde ocorreu o acidente.

Procedimentos Recomendados após o acidente:

1-CUIDADOS IMEDIATOS COM A ÁREA DE EXPOSIÇÃO:

Na pele e na Percutânea:

Lavar o local com água e sabão;

NÃO passar soluções irritantes, como o álcool, éter, hipoclorito de sódio ou glutaraldeído;

NÃO apertar o local.

Na mucosa:

Após exposição em mucosa lavar abundantemente com água corrente ou soro fisiológico 0,9% repetindo a operação por várias vezes;

NÃO esfregar o local.

2-COMUNICAR A SUA CHEFIA IMEDIATAMENTE.

3- CONDUTAS A SEREM SEGUIDAS APÓS ACIDENTE:

3.1 Paciente-fonte é conhecido, mas a informação sobre doença prévia ou situação sorológica para HIV, HBV, HCV é desconhecida: Orientá-lo sobre a importância da realização dos exames sorológicos (garantir segurança ao profissional acidentado). Realizar o aconselhamento prévio e conseguir a autorização para a realização dos exames necessários.

3.2 Após preenchimento da autorização por escrito, coletar 10 ml de sangue em tubo seco, sem anticoagulante, lembrando que os resultados dos exames deverão ser entregues ao paciente fonte.

3.3 Se a fonte da exposição não é conhecida ou não pode ser testada, deve-se avaliar a probabilidade clínica e epidemiológica da infecção pelo HIV, HBV ou HCV. Devem-se considerar a prevalência da infecção naquela localização, a origem do material (áreas de alto risco como serviços de emergência, centro cirúrgico, diálise, etc.)

3.4 Considerar a gravidade do acidente.

3.5 Avaliar a situação vacinal do funcionário acidentado para Hepatite B.

NOTIFICAÇÃO DOS ACIDENTES

Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT

Emitida em caso de contrato formal de trabalho;

É de extrema importância a emissão da CAT, assim como a notificação do caso, do ponto de vista previdenciário, estatístico, epidemiológico, trabalhista e social;

O preenchimento e emissão da CAT competem aos profissionais de saúde da Unidade onde ocorreu o acidente e ao médico da unidade compete o preenchimento do Quadro II da CAT que se refere ao Atestado Médico;

Enviar uma via para a Divisão de Gestão de Pessoas/PMU ou órgão similar no caso de empresa privada e uma cópia ficará com funcionário;

NOTIFICAÇÃO DE CASOS

O instrumento de notificação será a ficha do SINAN.

Estas notificações de casos seguirão o fluxo e o cronograma e as orientações do SINAN já estabelecidas, para envio das informações.

Deverá ser preenchida em duas vias, A 1ª via o trabalhador acidentado deverá levar junto no primeiro atendimento no PARBOS, no HPS, em Juiz de Fora, e a 2ª via deverá ser enviada para a Seção de Vigilância Epidemiológica da SMS/Ubá

Deve ser encaminhado imediatamente para PARBOS/HPS situado no 2º andar do Hospital de Pronto Socorro de Juiz de Fora (vide endereço abaixo) em veículo oficial da instituição.

ATENÇÃO:

Levar a 1ª via da ficha de “Notificação de Acidentes com Material Biológico”, a carteira de vacinação e o sangue do “paciente-fonte” com a autorização.

PARBOS-PROTOCOLO de Atendimento ao Risco Biológico Ocupacional e Sexual

HPS: Avenida Barão do Rio Branco, 3408.

Alto dos Passos-Juiz de Fora /MG

HPS geral: (32) 3690-8100

PARBOS celular: (32) 8802-5029

PLANTÃO 24H

Cadastro da Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT

A Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT foi prevista inicialmente na Lei nº 5.316/67, com todas as alterações ocorridas posteriormente até a Lei nº 9.032/95, regulamentada pelo Decreto nº 2.172/97.

A Lei nº 8.213/91 determina no seu artigo 22 que todo acidente do trabalho ou doença profissional deverá ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de multa em caso de omissão.

Cabe ressaltar a importância da comunicação, principalmente o completo e exato preenchimento do formulário, tendo em vista as informações nele contidas, não apenas do ponto de vista previdenciário, estatístico e epidemiológico, mas também trabalhista e social.

CENTRO DE REFERÊNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR DE UBÁ

ÁREA DE ABRANGÊNCIA DO CEREST/UBÁ-MG

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ANÁLISE DE ACIDENTES: O FIM DA CAT?

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